Quando vi a notícia no Euronews nem queria acreditar, em Baku, no Azerbaijão, existe um SPA que mergulha os seus clientes em petróleo. Segundo eles o petróleo permite tratar artrites, reumatismo, e deixar a pele mais bonita.
Até parece que não se lembram de imagens de aves marinhas que não sobrevivem quando mergulhadas em petróleo, sempre que há derrames de petróleo nos oceanos.
© AP
Mas esta notícia fez-me lembrar os resíduos de crude, a que chamavam alcatrão (na verdade, o alcatrão é um derivado do petróleo), que aparecia com frequência na costa portuguesa, nos anos 70 e 80, quer por derrames dos petroleiros, quer pelas lavagens dos mesmos. E ainda me lembro da existência de um sabonete de alcatrão que se dizia ser bom para a pele.
Podemos ficar incrédulos ao pensar nos tratamentos com petróleo, mas não nos indignamos com a venda de vaselina pura, com a utilização destes produtos e subprodutos para fazer cosméticos, nomeadamente cremes hidratantes, como é apanágio da Nívea, Vasenol, entre outras.
Os produtos que contêm vaselina ou óleos minerais são feitos a partir da refinação do petróleo. Na verdade constituem uma barreira eficaz que retém a humidade da pele e por isso são muito usados para hidratar as peles secas. Os produtores destes subprodutos do petróleo afirmam que existem processos químicos que eliminam os contaminantes do petróleo, mas o mais provável é que nesta purificação continuam a existir impurezas designadas hidrocarbonetos policíclicos que se acredita serem cancerígenos.
Para quem se preocupa com um estilo de vida saudável, que procura uma alimentação saudável, com produtos vegetais orgânicos, não vai certamente querer usar estes produtos na sua pele.
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